quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ameaça de novos entrantes

Tendo em vista a alta concorrência e os altos investimentos tanto em comunicação quanto no próprio desenvolvimento de produtos e no desenvolvimento da cadeia produtiva, pode-se dizer que é difícil os players serem ameaçados por novos concorrentes entrantes. Essa união das quatro grandes é um problema para quem importa componentes ou carros como a Toyota, pelo poder de lobby capaz de impor impostos aos demais.

Ainda assim, as montadoras coreanas, novas no mercado brasileiro, pretendem investir grandes quantidades no Brasil. A intenção é aumentar ainda mais suas participações no mercado brasileiro nos próximos anos. A Hyundai, somente ano passado foi a montadora que mais importou carros para o país, foram cerca de 91.477 carros em 2010.As montadoras coreanas apontam o Brasil como foco em suas ações de marketing. Muito mais impressionante que o número de veículosé o investimento feito em comunicação pela Hyundai. No primeiro semestre de 2011 os coreanos investiram 519 milhões de reais em propaganda, enquanto as empresas lideres do mercado nacional, Fiat e Volkswagen, investiram respectivamente 382 e 374 milhões. Para dar dimensões do fato, para cada carro vendido em 2010, a Hyundai-CAOA nvestiu 12.490 reais!

Já os chineses, maiores fabricantes de veículos do mundo, após vender cerca de 7,8 mil unidades de veículos no mercado brasileiro em 2010, definiram 2011 como ano estratégico para sua entrada no mercado brasileiro. Para tanto, devem desembarcar nos portos brasileiros até o final de abril deste ano alguns milhares de veículos com preços convidativos. 

A presença dos produtores chineses no mercado nacional ainda é vista com muita desconfiança pelos consumidores no quesito qualidade, isso pode representar uma barreira cultural bastante difícil de ser rompida para os chineses. No entanto, em outubro do ano passado, a Jac Motors chamou a atenção no Salão de Automóveis de São Paulo, prometendo romper com este estigma ao anunciar garantia de seis anos para seus automóveis. Um exemplo disso está no modelo J3 que chegou em março no Brasil. Este veículo está sendo anunciado por R$ 37.900,00 e possui uma vasta lista de itens de série que incluem: sensor de estacionamento, freios ABS e airbag duplo. O carro vem para disputar no segmento de médios. Na linha de entrada, a também chinesa Chery apresentou o modelo QQ 1.0. O veículo apresenta de série: direção hidráulica, freios ABS, airbag, trio elétrico e CD player por R$ 22.900,00.

Os japoneses da Toyota tem todas as razões do mundo para temer o crescimento chinês, justamente por conhecer sua própria história. Carros japoneses eram motivo de piada no mercado externo nos anos 60 e em menos de 3 décadas eles simplesmente engoliram o nacionalista mercado americano. Os chineses estão aprendendo rapidamente – seja pela compra de marcas como a Volvo, seja pela compartilhação de tecnologia obrigatória para as montadoras que desejam produzir no território chinês. Sua mão-de-obra é barata e progride em qualidade a cada dia (uma cidade chinesa liderou o ranking da melhor educação básica do mundo)  e as matérias primas passarão a fluir do continente africano.

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